No
texto anterior eu te falei sobre
os oito
motivos por que a leitura é incrível e prazerosa. Agora
neste, vou te contar
as sensações que cada leitura nos causa
– tanto quanto filmes, séries e novelas – mas posso garantir que
a maioria é de prazer e alegria, embora algumas sejam de medo,
tristeza, ira, e outras de tédio, porque acaba o mundo e a leitura
massante continua entediante.
Ler um livro mais do que nos transformar como pessoas e nos
fazer ter um momento de prazer e entretenimento, também
nos causa
reflexões e sensações, e isso depende muito da sua leitura
atual; por exemplo, os livros da
Thalita
Rebouças me fazem rir até doer a barriga e não consigo pensar
em outro autor ou autora, que me despertem toda essa ‘alegria’ e
‘diversão’.
A Thalita tem um talento para criar histórias mirabolantes, com
personagens tão comuns, que logo nos imaginamos sendo esses
personagens, e para mim isso causa identidade, pois as situações
representadas poderiam muito bem ser vividas por qualquer um de nós.
Já os romances de épocas de
Julia
Quinn
me fazem suspirar e desejar encontrar um amor
desses para mim, porque eu realmente me apaixono por todos os seus
personagens.
Mas tudo bem, já falei sobre alegria e paixão. E você me
pergunta: e o medo? E o tédio? A tristeza? Ou mesmo a ira?
Bem, eu como leitora não costumo ler muito livros de terror e
suspense, não gosto de ver, ler e nem ouvir nada que me causem medo,
mas vez ou outra até sou corajosa. O último suspense que li foi
Lua
Vermelha de Benjamin Percy, e confesso, só lia entre o período
da manhã e a tarde, quando escurecia eu terminava a leitura e fazia
outra coisa para não pensar muito na história.
Um parêntese (foi exatamente assim também que conseguir assistir
ao filme,
O Iluminado com Jack
Nicholson, para um trabalho de faculdade).
Os livros massantes ficam mais sobre
temas acadêmicos, dos
quais agora não me recordo, mas que nunca me senti encorajada e
disposta a cada nova leitura, era quase tortura, e acho que você
pode concordar comigo.
Agora
livros que nos fazem refletir são vários, e eu
diria que um bom livro é aquele que sempre nos faz nos colocar no
lugar do personagem e pensar: Puxa! Será que eu faria isso?
E um livro que entrei tanto na história e me coloquei no lugar da
personagem e sofri horrores, por chorar do começo ao fim, com
certeza foi
Amigas
para sempre de Kristin Hannah, até hoje acho que não o superei
para ler a continuação.
Mas será que
é possível sentir-se bravo ou irado com a
leitura de um livro? Sim, é possível. Comigo isso acontece com
quase a maioria dos livros da
Jojo
Moyes e eu não sei te dizer o por quê, mas sempre fico brava
quando os personagens sabem o que têm que fazer, mas procrastinam e
inventam mil razões para não fazê-lo, isso é tão comum no nosso
dia a dia, não é verdade?
Acho que por isso eu brigo com eles: ‘eu poderia adiar isso por
‘x’ motivos, mas você? Por favor! Vá logo com isso!’, é o
que eu sempre digo.
Pena e compaixão também podem ser consideradas sensações?
Talvez, pensa comigo: alegria, tristeza, medo, dor, euforia, ira, são
as sensações mais comuns, não é?
Então se considerarmos pena e compaixão ‘subcategorias’ de
dor,
pode ser que sejamos capazes de numa leitura associarmos
essas sensações, porque mais uma vez nós tivemos
empatia
pelos personagens, nos colocando no seu lugar e pensando como seria e
como nos sentiríamos se aquela situação fosse vivida por nós.
Sabe, eu senti pena e compaixão durante a leitura de
A
culpa é das estrelas de John Green, porque essa é uma história
linda de amor, amizade, sonhos, superação e luta, e no final das
contas, é um livro bom que nos faz refletir muito sobre nós mesmos,
nossas crenças e nossa vida de modo geral.
E para encerrar, eu só queria dizer que não importa muito qual
seja seu gênero literário preferido, o que importa mesmo é que
um
bom livro te desperte sonhos e sensações maravilhosas, e que
aos pouquinhos
te transforme a ser uma pessoa cada vez melhor,
e para isso, eu indico
O
Pequeno Príncipe, a leitura mais fofa e bela, para você
começar.
Ah! E boa leitura!